O exercício TOURO 2019, o maior organizado anualmente pelo Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), começou no dia 5 de julho, na ilha do Pico, tendo estado envolvidos cerca de 500 participantes com intervenção direta e indireta, entre operacionais, entidades e figurantes.

No âmbito do exercício foi testada a eficiência, rapidez e resposta dos diferentes agentes de Proteção Civil e entidades com especial dever de colaboração, assim como a sua coordenação e desempenho em situações de acidente grave ou catástrofe.

Na edição deste ano foi simulada uma crise sismovulcânica no Vulcão do Pico (ilha do Pico), que durou até ao dia 6 de julho. As ocorrências foram conduzidas como se fossem situações reais, com movimentação de meios no terreno durante 24 horas.

Foram simulados pedidos de socorro de cidadãos e situações de habitações destruídas, estradas obstruídas, populações isoladas, evacuações de populações, pessoas desaparecidas e outros acidentes e incidentes que se enquadrassem numa situação de sismo.

O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), em colaboração com o Instituto de Investigação em Vulcanologia e Avaliação de Riscos (IVAR), participou ativamente no exercício, dando apoio técnico e científico ao SRPCBA na tomada de decisão. Ao longo do exercício foi disponibilizada informação muito diversa, nomeadamente dados provenientes das redes de monitorização permanentes do CIVISA, pontos de situação relativamente à atividade sismovulcânica, resultados de análise macrossísmica de sismos sentidos e produtos da modelação numérica de diferentes perigos geológicos. Foram também enviados técnicos e cientistas para a ilha do Pico. Esta participação enquadrou-se no projeto VOLRISKMAC, cujo objetivo principal é o reforço da capacidade de monitorização da atividade vulcânica, com a finalidade de melhorar o sistema de alerta precoce para erupções vulcânicas e crises sismovulcânicas, assim como a gestão de crises vulcânicas na Macaronésia.

Participaram igualmente no exercício os sete corpos de bombeiros do Grupo Central, as direções regionais da Saúde, da Habitação, das Obras Públicas e Comunicações, do Ambiente, dos Recursos Florestais e dos Assuntos do Mar, o Laboratório Regional de Engenharia Civil, o Instituto de Segurança Social dos Açores, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, e a Portos dos Açores.

O exercício envolveu ainda as câmaras municipais da Madalena, de São Roque do Pico e das Lajes do Pico, através dos seus serviços de Proteção Civil, o Comando Operacional dos Açores, através dos seus diferentes ramos e valências, bem como a PSP, a GNR, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, associações de radioamadores, a Associação Guias de Portugal, a Junta Regional do Corpo Nacional dos Escuteiros e Escuteiros Marítimos, a Associação de Escoteiros de Portugal e a Capitania do Porto da Horta.